Lá se vai meu sinal gráfico favorito. Discreto, de uso bem restrito, ele não só indicava a necessidade de pronunciar o "u", mas era um distintivo cultural, praticamente um doutorado moral. Sim, nós, a elite branca e cansada, aprendemos a escrever de acordo com a normal culta, que passa muito longe do Largo da Batata.
Mandar aquele belo "conseqüência", praticamente um combo, era o mesmo que dizer ei pobre, volta pro seu Linha Vermelha, 6 da tarde, Praça da Sé, sentido Corinthians-Itaquera , que eu vou pegar meu helicóptero.
Mas acabou.
Agora qualquer um vai escrever a frase "Será que os pingüins lêem, em assembléia, sobre os efeitos do enjôo"?
Repito, será que os pinguins leem, em assembleia, sobre os efeitos do enjoo?
4 comentários:
... pingüim/pinguim não sabe ler!
Na boa, não muda muita coisa. Todo mundo vai continuar escrevendo do jeito que aprendeu na escola, até que a próxima geração cresça e comece a escrever tudo de acordo com as regras novas, naturalmente. Até esse dia chegar, ative seu corretor automático (atualizado) na hora de escrever a dissertação e seja feliz! ;)
E outra: sua caixa de comentários exige sempre que eu digite coisas imensas do tipo "ukwfkgsm"...
Achei bizarro eles ferrarem com a acentuação.. :/
Você disse tudo que andava preso na minha garganta.
Obrigada.
Acabaram com a minha mesóclise! Eu acho que sou a única pessoa do mundo que gosta disso.
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