quarta-feira, agosto 27, 2008

Pessoas educadas que somos, quando chegamos ao trabalho dizemos "opa, bom dia" para os seguranças, ao qual eles respondem "ô dotô, bom dia".

Na hora de ir embora, o ritual é quase igual, mas com outros seguranças. "Té logo, hein", falamos. Ouvimos "ô dotô, bom descanso".

O que falar nessa hora?
"Pra você também"? O cara pode estar começando o turno naquela hora.
"Opa, bom trabalho"? Precisa lembrar o coitado que ele ainda tem mais oito horas fazendo nada enquanto estou na minha cama?


Alguma luz?

segunda-feira, agosto 11, 2008

Muito se fala acerca das benesses do serviço público. Estabilidade, bons salários, volume razoável de trabalho etc.

Contudo, deve sempre se comentar acerca da possibilidade de estagnação e da falta de
motivação (pra não dizer capacidade) dos funcionários com baixos cargos, notadamente o Setor de Protocolo.

Depois de estagiar por anos em órgãos da administração pública, e agora como funcionário, vejo que grande parte disso é verdade. E, até onde o grande público sabe, os prós compensam.

Até onde o grande público sabe, pois existe um grande
você-sabe-quem. Sauron, Voldemort, que nada. Seu nome é Nossa Caixa . Não falem este nome em voz alta.

Bancos são coisas ruins. Ninguém gosta de um banco. Ninguém batia no peito e dizia "É isso mesmo, que todos ouçam, sou cliente do BAMERINDUS, porra!
"

Bancos são coisas ruins. Funcionários públicos com baixos cargos também. Some a falta de caráter de um banqueiro (novas taxas!) com a eficiência e vontade de trabalhar da tia velha do Protocolo (Dr., vc precisa desse documento pra hoje? É que tá escrito "urgente", mas achei melhor perguntar). Adicione filas. Marine com poucas agências e tenebrosos caixas eletrônicos. Gratine com um péssimo serviço de
netbanking. Evite salpicar cartões de crédito.

Voilá
. O serviço público passa a ter soma zero.