quarta-feira, janeiro 30, 2008



Já vi isso aqui em algum outro lugar...

Será que foi na televisão? Pode ser. Mas não era um programa infantil. Era futebol. E, apesar do apelido e das piadas preconceituosas, não era um jogador do Tricampeão do mundo. Também não era do time que não ganhou nada no século 21, nem do maior time da baixada santista e adjacências.

Ah sim. Foi no time dos machões. Povo roots mesmo. Maloqueiros e sofredores.
Era algo assim:






segunda-feira, janeiro 21, 2008

Algumas coisas sobre mulher eu aprendi com minha família. Meu velho pai cedo me ensinou que "mulher tem que ser tratada com inconstância". Do meu tio-avô por parte de mãe, além das histórias, franciscano, revolucionário de 32, promotor lembrado até hoje por quem o viu na tribuna, ficou a frase "homem que gosta de mulher magra não sabe o que é conforto". Se de autoria própria ou não, azar. O velho Dragomiroff manjava das coisas.

Qualquer homem que tenha um contato mínimo com mulheres, sejam namoradas, irmãs, amigas ou alguma outra categoria, sabe que sempre existe aquele quilo e meio a perder. Não importa que todas as costelas apareçam. Ela inventa alguma dobrinha, alcinha ou gordinho.

Lembram-se das Vênus de Willendorf? Agora lembraram. Reparem que elas não são magrelas. Existe um motivo para elas terem carne. E vocês sabem disso.

Assim como existe um motivo pra Twiggy ser daquele jeito. Ela era uma porra dum cabide!

Se a Solange Frazão (opa, ainda dá um baita caldo!) sai na capa da revista, nós homens vamos mesmo soltar um "ê carnão!". Instinto primitivo. Mas não significa que vocês são obrigadas a ter aquela barriga zerinho. Aliás, não devem ter.

Pra manter um corpo daqueles, são necessários enormes sacrifícios. Horas e horas e horas de academia. Alimentação? Uma vagem, meia alface americana e duas rodelas de pepino, com casca. Sobremesa? Uma amêndoa. UMA. Sair pra jantar? Italiano? Chinês? Pizza com filminho? Nem.

"Ah, mas são só essas que eles querem, eu sou feia assim". Mentira. Seres normais não conseguem ter corpo, peito, bunda, coxa, sem ter uma sexy capinha na cintura. Ninguém no pleno uso de suas funções mentais vai reclamar de corpo. Pode até não ficar feliz com a alcinha, mas os coxões vão lembrá-lo de quão boa é essa troca. Vale a pena. E muito.

A Dove fez uma das campanhas publicitárias mais felizes dos últimos tempos, "Campanha pela real beleza". Monica Bellucci. Ou agora vai dizer que não?

Quem repara demais, nota um ou dois centímetros a mais de cintura, na mulher, tem algum problema sério. Não sabe conviver com a realidade. Mulheres de revista, televisão, ícones, não têm vida normal. Vivem em função do corpo. Só assim conseguem atingir o zero.
Aqueles que respeitam uma mulher, querem tê-la por completo. Não querem somente um corpo. Querem suas nuances. As pequenas imperfeições. Aquele dedinho do pé mais caidinho, preguiçoso. O jeito estranho de segurar a caneta. Ou melhor ainda, a maneira como ela coça o pescoço quando fica com ciuminho. Querem uma mulher que saiba conversar. A mulher inteira.

Não existe o manifesto pela pancinha? Por quê nós podemos, e elas não? Não nos orgulhamos do nosso calo do amor? Não falamos que é gostosura em potencial? Um magro é só aquilo. Já um pancinha não, ele é aquilo e pode ser mais. Não são elas que querem um homem que não peça caipirinha com adoçante? Um que não vá ter vontade de subir na mesa do bar, tirar a camisa e começar a dar showzinho? Sejamos grandiosos, então.

Queremos mulher? Claro que sim. Mas queremos mulheres felizes, mulheres de verdade.


Até porque osso machuca.

quinta-feira, janeiro 17, 2008

Às vezes me surpreendo com certos atrasos da ciência. Não falo de phasers ou sabres de luz. Nem de fusão a frio ou computação quântica. Nem de tecnologia de ponta.

Trato aqui de situações do cotidiano. Aquelas pequenas invenções que só não existem por algum motivo desconhecido e absolutamente improvável.

Tomarei como exemplo duas coisas simples. A primeira é o Santo Graal do setor calçadista masculino, e a segunda, o acepipe definitivo de bares e botecos. As havaianas de mamilos e a porção de mamilos fritos. Sim. Mamilos, você leu certo.

Mas não qualquer mamilo. Aquele tipo raro, encontrado em poucos e afortunados seios, o mamilo rosado. Mamilos são como caviar. Caviar é sempre bom. O russo é ótimo, mas existe o cazaque.



Cenário 1:
Imagine você, após um insuportável dia de trabalho, reunião com o RH sobre "crescimento dos funcionários enquanto seres humanos dotados de humanidade", chegar em casa e seu cônjuge trazer, após as boas-vindas, sua havaiana de mamilos rosados. Alívio imediato. O cecê do Paredes some. Os óculos engordurados do Almeida da Contabilidade desaparecem. Só lhe sobra pensar nas edelweiss que crescem nas montanhas austríacas. É o que alguns chamam de nirvana. Meditam durante anos a fio, e nada. E você tem esse estado supremo de leveza, quase um sentimento oceânico pós-coito, bem aos seus pés.



Cenário 2:
Sabadão. Futebol no Playball, 40 reais pra jogar duas horas, pois aquela quadra esquema que você tinha arranjado fechou e construíram um vegetariano por quilo. Seu time ganhou a copa da empresa. Ninguém apostava que o Sivaldo do Setor de Patrimônio fecharia a zaga daquele jeito. O Gonçalves da Manutenção fez até chover no meio-campo. Placar final, 6x2, contra o time dos contínuos, que falavam que levariam o caneco, futebol-arte, aquele blablablá todo. Ainda não falei que você marcou 4 dos 6 gols. Cerveja por conta dos perdedores. Brahma gelada, de garrafa.


Difícil melhorar, ? O Sivaldo, sempre ele, conhecedor das coisas da vida, pede uma porção de mamilos rosados fritos, no capricho. Sequinhos, como manda a receita. Futebol? Goleada? Chapéu mexicano no Déverson, aquele folgado que sempre atrasa? Brahma? Ter certeza que a Cidoca, aquela secretária filé, vai te dar mole por conta dessa tarde digna da seleção de 58? Nada. Você está em outro lugar. Um lugar melhor. Só existe sua boca, degustando o maná. Torrentes de prazer estalam entre suas bochechas. Agora sim, não tem como melhorar.