sexta-feira, janeiro 19, 2007

Alguns assuntos são tabu, e assim devem continuar, para o bom andamento da sociedade. Não é costumeiro, pelo menos no mundo onde vivo, famílias discutirem polução noturna na mesa de jantar. Não que eu seja puritano, muito pelo contrário, quem me conhece sabe que eu falo de assuntos geralmente problemáticos como quem discorre sobre o quão melhor era a antiga coca light.


Mas enfim. Aonde quero chegar com isso?

Já havia tomado conhecimento de um iogurte que ajuda no regular funcionamento do sistema digestivo final, a.k.a. intestino. Tá, não é o assunto mais legal, discutir prisão de ventre na TV, mas cada um com seus problemas. Era feito de maneira sutil, como se falassem de mel de abelhas.

Problema é que agora se instaurou na mídia uma verdadeira guerra sobre quem desarrolha mais. Um produto novo se diz mais eficiente, pois contém mais substâncias "libertárias", custa e engorda menos e ainda é mais gostoso (aliás, essa propaganda tem um tom meio raro no Brasil, mostrar o produto concorrente na caruda, altamente antiético). Em outra peça publicitária, temos uma consulta médica, na qual paciente e "dotôra" discorrem sobre isso com sorriso nos lábios, como se estivessem falando de seus filhos serelepes.

Ainda, temos um leite em pó, que além de ser mais magro que o leite comum, ajuda lá nos procedê subterrâneos.

Do alto da minha ignorância, eu me pergunto se esse é um problema novo? Por acaso os hormônios das galinhas de granja afetaram o ciclo intestinal da mulher brasileira? É o que parece. Iogurtes laxantes são a bola da vez. Cocô é SIM um assunto tabu, nem venham me dizer que alguma conhecida de vocês chega e fala "benhê, vem ver a carpa que eu pari".

E mais uma coisa. Sempre são duas mulheres conversando sobre. Em uma dessas propagandas, inclusive, a do leite em pó, as amigas falam da maravilha que é fazer cocô com hora certa, e quando chega o maridão de uma delas, desconversam.

Vem cá, homem não tem isso não? Sexismo agora? Nós sim temos o direito à prisão de ventre!

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