"BOAS-VINDAS"
Universidade investiga caso de calouros obrigados a ingerir pimenta e entrar em chafariz sujo na Sé
Aluno é recebido com trote violento na USP
AFRA BALAZINA
FÁBIO TAKAHASHI
DA REPORTAGEM LOCAL
Calouros da Faculdade de Direito da USP (Universidade de São Paulo) sofreram trote violento. Eles foram obrigados a tomar banho na fonte da praça da Sé (centro de São Paulo) na segunda-feira passada. A água estava com forte cheiro de urina, segundo relato de um dos estudantes."
Mais uma reportagem com o maravilhoso padrão Folha de qualidade. Notícias apuradas com independência, compromisso com a veracidade. É por isso que eu leio O Estado.
Não, o trote não é violento. Nenhum calouro é origado a fazer nada que não queira, temos isso como norte aqui no Largo. Não quer participar da brincadeira, fica de frescura, vai pra casa, é simples. Não se fala nada sobre os trotes na Poli, na ESALQ, na Veterinária. Violência é a calourada unificada do DCE, que faz manifestação para eleições diretas para reitor sem ao menos explicar para os novéis universitários o que é um reitor. Ou fazer os bixos correrem pelados pelo campo. Ou obrigar a raspar o cabelo (coisa que NÃO acontece aqui).
É estranho que uma semana de recepção feita no mesmo molde desse ano tenha recebido menção honrosa da USP (que é concedido a apenas três unidades). Duas vezes por, sinal. Com o mesmo trote. A diferença para as outras unidades é numérica. Enquanto que a Oceanografia tem uns 30 alunos por turma, temos 460. Estatisticamente, mais de um calouro vai fazer merda. Mais de um calouro vai ficar pulando na fonte.
A imprensa é livre, mas não deve ser impune. Afinal, quem é que tem medo do Conselho Federal?
Mamãezinha, seu filho não é virgem, bebe e está na Faculdade. E, caso a senhora não tenha notado, parou de usar lancheira há uns 10 anos.
E ainda bem que a Folha só vem com a Folha.
quinta-feira, março 17, 2005
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